domingo, 24 de abril de 2011

Seja a heroína da sua própria vida (Versão gay)

Seja a heroína da sua própria história. (Versão gay)



Gays podem amar??? Como assim? rsrs... claro que podem!!! (off course!!!)
Me chamo JB, hoje estou com 38 anos e daqui a 3 dias isso muda. Mas quando eu tinha apenas 13, apareceu em minha vida uma mulher de 39 anos e que acabara de chegar na cidade de Ubaitaba, interior da Bahia. Naqueles dias apenas os sonhos fantasiosos norteavam minha cabeça: a igreja da qual eu fazia parte, meus colegas da escola, minha família...os dias eram cheios de esperança e eu sonhava com dias melhores, era tudo muito rápido em minha criatividade,mas sentia falta de ser mais livre do que era, pois meus desejos eram por meninos e isso ía de encontro à vida religiosa que eu levava e onde eu era feliz, pois tinha uma vida social plena, cheia de oportunidades, cantava,participava de eventos diversos, etc. Quando Denner chegou de BH achei que ela era a pessoa mais maravilhosa que eu ja havia conhecido(só não entendia porque ela usava dois nomes falsos e com sobrenome italiano). Uma mulher vivida, com muitas novidades, falante,com um jeito mineiro fascinante (mas era baiana e havia abandonado a família pra viver em outro estadado, como uma negação da própia realidade). Naquele momento, eu iria substituir o relacionamento conturbado com minha mãe, pois estava nas crises de adolescente. Minha mãe percebia meu jeito e tentava me poupar de olhares e comentários cruéis de outras pessoas, e eu não entendia. Foi daí que Denner tirou proveito. A amizade continuou, ela passou a frequentar minha igreja ,mas me convidou pra ir até a outra que ela frequentava e sugeriu que eu trocasse de igreja, pois "a outra era mais alegre",segundo ela. Eu cegamente o fiz. Andávamos juntos constantemente, ela morava numa casinha da irmã, aos fundos de um beco. Um local bastante limpo e com um jardim na frente. Eu trabalhava numa empresa que havia recentemente me contratado e estava ganhando bem, mal sabia que estava sendo manipulado. As emoções ,as conversas, tudo fazia com que secretamente eu a ajudasse sem que ninguem soubesse.Eu sempre a presenteava com coisas caras, como vestidos que eu mesmo desenhava e contratava alguem para confeccionar. Ela sempre passando por problemas imediatistas ou lúdicos, como por exemplo "a gang de drogas que trabalhava numa companhia de cacau" e ela se disse vítma deles por chantagem,pois eles prometeram fazer um escâncalo sobre minha sexualidade que era um segredo e um tabú, diante da minha família. Ela então "pagou" para que eles não o fizessem. Chegou a derramar uma lágrima enquanto me dizia o ocorrido. Claro, eu raspei minha conta no banco e devolví o dinheiro a ela. Bem,minha mãe nada sabia,apenas lamentava e sentia minha ausência cada vez mais. Eu não sabia que se tratava de uma sociopata e pedófila. Passei a frequentar um psicólogo que era tambem pastor de uma igreja em Ilhéus e ele havia me alertado a não andar com esta mulher. Eu soube de pessoas que ela saía de madrugada com pessoas da empresa em que eu trabalhava que passavam de carro e então sumíam na escuridão e neblina. Pra todos eu dizia que era namorado dela, ja que ela tambem me incentivava. Até que ela achou por bem que de fato tivéssemos um romance, pois se o psicólogo havia me dito que eu deveria me aproximar mais do sexo oposto e assumir minha virilidade, então seria uma òtima chance de vencer essa etapa. Por sugestão dela nós tivemos um tórrido caso de sexo,mas eu sabia que algo estava errado e era incômodo, foi quando o psicólogo me disse categoricamente que psicologicamente eu havia substituído minha mãe e que esse era um caso incestuoso. Eu acho que nunca chorei tanto em toda minha vida, pois a ficha caiu de vez. Ele estava absolutamente certo. Bem, o pior ainda estava por vir,pois eu contara pra ela sobre uma paixão platônica que eu tinha por um rapaz da cidade;ele tambem era jovem, só que mais velho que eu e tinha um espírito aventureiro.Quando ele passava eu suava frio,o coração palpitava, a pressão baixava, etc e tudo isso eu contei pra ela chorando em seu colo,pois eu não queria magoar os sentimentos de Deus e de minha família com algo assim" contrário ao normal e vivia a me perguntar: porquê eu? Ela me disse que havia se encontrado com ele no supermercado e que ele a abordou.Depois ele marcou um encontro com ela e falava mal de mim, dizia que tinha vontade de me agredir, pois percebia o jeito como eu o olhava. Enfim, eu só chorava no colo da minha "amiga", que por fim me disse que estava se sentindo sozinha e que só não aceitou ficar com o rapaz porque era minha melhor amiga e não poderia fazer isso comigo,por isso o resistiu. Eu a abraçava aos prantos e agradecia imensamente. Até que um dia(than than, than, than...)Cheguei em casa e a irmã dela estava reunida com mãinha e outros da minha família. A irmã contou toda a verdade. Sobre a gang falsa, sobre o dinheiro extorquido com mentiras, sobre o rapaz que eu gostava que na verdade nunca tinha se encontrado com ela,nem mesmo a conhecia pessoalmente. A irmã de Denner a desmarcarou como forma de vingança, pois as duas haviam brigado. Naquele momento eu entendí o porquê de todas as pessoas falarem a mesma coisa e eu nunca dava ouvidos. O ano letivo foi por água a baixo, eu perdí meus amigos, entendí que ela os afastava pra que eu ficasse apenas com ela,que desafiava minha família de frente dizendo que me tinha na palma da mão,etc etc.Eu insistí nos estudos, salvei alguns amigos, retomei minha vida na igreja, depois saí da cidade, fui pra outra maior, então.Fiz alguns cursos, mudei de estado, morei com meu irmão no ES, vim para o RJ fazer moda pois queria me consagrar como estilista(tudo isso fiz por causa de uma matéria que lí numa revista 'contigo' que se entitulava:"seja a heroína da sua própria história". Enfim, treze anos se passaram e eu retornei à Bahia de férias, ja formado e com outra cabeça. Procurei então saber notícias do grande amor platônico. Ele agora era doutor, casado,com filhos e morava em Ilhéus. Eu marquei um horário em seu escritório e pedí que ele só se pronunciasse quando eu acabasse de falar. Ele concordou achando que eu era um cliente rsrs... Ele estava fóra de peso, mas pra mim sempre um príncipe. rsr...Então eu contei toda a história pra ele e finalizei dizendo que eu não estava alí para lhe fazer uma cantada, mas pra conquistar sua amizade, pois eu não passaria pela vida sem que ele me conhecesse de frente e que eu estava alí construindo minha vitória sobre alguem que um dia havia impedido uma outra. Então a reação dele foi a melhor possível: Me disse que era meu fã, pois se sentiu lisongeado de saber que era personagem participante de uma história tão intrigante e que jamais recebera tão forte declaração de uma mulher, que dirá de um outro homem. Ele e disse que adoraria ser meu amigo e que todas as vezes em que eu fosse à Bahia gostaria de que eu o visitasse. Não sou apaixonado por ele. Foi uma fantasia de adolescente,algo muito puro e verdadeiro em minha imaginação, mas passou. O importante é que hoje eu sei o que é escrever a própria história e não deixar que ninguem 'meta a caneta no texto onde não lhe pertence.' rsr... Pois nós é quem somos responsáveis por nossa felicidade, mesmo quando aparentemente tudo esteja perdido, na verdade fomos parte de um grande laboratório de uma grande experiência de vida. A máxima que diz "se a vida te der um limão , faça uma saborosa limonada". É verdade. Hoje que pratico a filosofia budista de Nitiren Dayshonin recitando o NAM-MI-OHO-REN-GUE-KYÓ,entendo o que significa transformar o veneno em remédio e tirar proveito das situações aparentemente mais difíceis. Quanto a moça, que se dizia minha grande amiga, soube que ela anda errante, ainda disfarçada de missionária e vez por outra atacando menininhos, mas essa página ja não mais me pertence,o karma ja foi extinto e hoje estou a caminho de ser o novo psicólogo que ajudará a muitos outros a chegarem ás suas verdades no caminho da felicidade sem que nada possa lhes atrapalhar tanto assim. Ao menos poderei salvar a muitos com o pouco que tenho a compartilhar que para estes será incomensuravelmente preciso. Acredite mais em você! "seja a heroína e o herói da sua própria História"


2 comentários:

  1. Oi, Jeff! Texto corajoso e bem escrito. Visitarei mais vezes o seu blog. Grande abraço!

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  2. Ah, só uma dica... Retire esse grifo na cor magenta. Isso dificulta muito a leitura. Abç

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