terça-feira, 29 de março de 2011

A bela mulher balzaquiana e seu marido Vampiro.

Novamente no Cosme Velho, às pessoas estavam a esperar na fila aguardando a sua vez para subirem de trem até o Corcovado.  Havia na fila um casal que aproveitava para tirar algumas fotos. Eram turistas. Ela ja era uma mulher de uns cinquenta e poucos anos, e percebía-se que era adépta de cirurgias plásticas. Fosse como fosse, ela era linda, mesmo tendo uma beleza artificial, mas seus olhos verdes esmeralda  expressavam uma certa timidez. então eu fiz um sinal  dizendo que ela tinha um lindo rosto. ela sorriu então. Nesse momento comecei a fazer seu retrato em colorido.  Ela ficou entusiasmada, mas ainda com sinais de timidez. percebía-se claramente um certo  êxtase pelo momento ,pois algumas pessoas começaram a notar a beleza da pintura e comparavam á real beleza da mulher. Foi um momento mágico!... De repente, o marido, fazendo de conta que estava analisando a máquina de fotografar, ficou bem na frente da moça, digo, sistematicamente, evitando que ela fosse vista. Ele até tentou impedir que ela tivesse esse momento de felicidade. Mesmo que fosse por ciúme, ninguem iria roubar aquela mulher da fila rsr..  A visão estava então comprometida porque ele insistia em continuar tapando a minha visão. As pessoas ja estavam percebendo o mesmo que eu. Mas eu tenho memória fotográfica e concluí com esmero  a linda pintura. Em seguida fui presenteá-la. Não esperei receber nada deles, apenas queria enaltecer a beleza e a alma daquela pessoa em seu momento tão particular. O bem venceu novamente  e ela anunciou uma alegria incontrolável através do seu lindo sorriso. Subiram então ao seu destino e eu seguí o meu. Percebe-se o quanto é comum a luta entre as forças e energias para que alguem receba um benefício. Sabemos que a probalidade da maldade é bem mais fácil de acontecer do que uma expressão despretenciosa do bem. Continuemos a fazer o bem quando esta oportunidade estiver ao nosso alcance. Todos ganhamos com isso. Como diz uma antiga frase de uma música que eu ouví na infância: "Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas..."

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